PROJETO SABERES LOCAIS/BIOTUPÉ SELECIONA 3 BOLSISTAS

Título do projeto: Saberes e práticas locais sobre plantas de uso medicinal: promovendo a saúde, boas práticas agrícolas, resgate e valorização da cultura popular O projeto Biotupé (http://biotupe.inpa.gov.br), grupo de pesquisa que tem como objetivo estudar o meio físico, biodiversidade e sociodiversidade da Reserva de Desenvolvimento Sustentável - RDS do Tupé, está selecionando três (3) bolsistas de Iniciação Tecnológica e Industrial – ITI - A (mais informações sobre esta modalidade de bolsa em: http://www.cnpq.br/normas/rn_08_020_iti.htm). Serão disponibilizadas: - uma (1) vaga para candidatos que estejam cursando Agronomia, Eng. Florestal ou Eng. Ambiental (identificar, selecionar, organizar e treinar as famílias para o cultivo, processamento e comercialização (realizar um estudo prospectivo da viabilidade econômica) das plantas medicinais, realizar experimentos de germinação e de produção de mudas, além de garantir a prática orgânica de produção com utilização de adubos verdes, compostos orgânicos, etc.); - uma (1) vaga para Ciências Sociais, História, Geografia ou Psicologia (trabalhar junto ao agente de saúde para tentar promover a implementação de políticas públicas para o tratamento através da fitoterapia, aliar o trabalho comunitário ao dos pesquisadores que possam assegurar a eficácia e segurança na utilização das plantas medicinais, análise socioeconomica e elaborar de forma participativa um plano de ação visando a autogestão do horto); e - uma (1) vaga para Biologia (trabalhar, por meio de oficinas, métodos que aplicam a etnobotânica para fins de conservação e desenvolvimento; determinação botânica das plantas empregadas na comunidade e elaboração de chaves analíticas, realizar oficinas sobre agroecologia, plantas medicinais (usos e formas de preparo), uso da água e aproveitamento, reciclagem e reaproveitamento; envolvendo os comunitários que dominam esse conhecimento). Os candidatos deverão estar matriculados em instituição de ensino superior ou ser profissional de nível médio com até 3 (três) anos de formado e não ter vínculo empregatício, de acordo com normas estabelecidas pelo CNPq para este tipo de bolsa. Os selecionados desenvolverão atividades no âmbito de um projeto SABERES LOCAIS (CNPq edital Agricultura familiar 36). As atividades deste projeto serão realizadas na comunidade Julião da RDS do Tupé, na zona rural do município de Manaus. Os candidatos deverão ter disponibilidade para trabalhos de campo na comunidade, com pernoites, além de habilidades para trabalho em equipe e em condições especiais. Os interessados deverão enviar carta manifestando interesse em participar deste processo seletivo, juntamente com Curriculum Vitae – preenchido na plataforma Lattes (lattes.cnpq.br) e uma carta de recomendação (de um professor ou pesquisador) até o dia 27 de fevereiro de 2009 para: scudellerveridiana@hotmail.com Os selecionados nesta primeira fase serão chamados para uma entrevista presencial dia 3 de março (vejam o resultado no site dia 01/03) e participarão de uma excursão do projeto (a ser definida a data). Modalidade de bolsa: ITI A (veja especificações no site do CNPq) Quantidade: 3 Duração: até junho 2010 RESUMO DO PROJETO Em revisão bibliográfica, são pouquíssimos os casos de retorno e aplicabilidade de pesquisas etnobotânicas, o que deixa uma lacuna quanto essa questão. As oportunidades encontradas tratam-se quase que exclusivamente de sugestões e não de vivências, podendo assim ser resumidas: estimulo à criação de espaços que possibilitem o compartilhamento do saber entre os jovens e o seguimento de mais idade da comunidade; convocação de uma reunião geral em que seja mostrado todo o processo a ser desenvolvido com a comunidade e o que foi realizado; estabelecimento de hortos para contribuir com a manutenção e a valorização das tradições sobre os usos de plantas; criação de reservas extrativistas, para aumento das atividades econômicas locais, concomitante à exploração sustentável dos recursos da região; identificação de produtos vegetais comercializáveis, gerando uma fonte alternativa de renda para a comunidade local; instrução da comunidade em estudo sobre atividades capazes de gerar fontes alternativas de renda relacionadas ao ecoturismo. Aliado ao desenvolvimento social, a questão da conservação da biodiversidade também é bastante importante e não pode estar desvinculada da participação ativa e do engajamento de diferentes profissionais em um esforço multi(trans)disciplinar, articulado ao envolvimento de populações locais. Portanto, acreditando que é possível conciliar desenvolvimento social com desenvolvimento ambiental, geração de renda e melhoria da qualidade de vida de populações ribeirinhas na Amazônia Central, pretende-se usar uma unidade de conservação (Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé) para trabalhar, por meio de extensão rural e de princípios da agroecologia atividades voltadas à valorização e divulgação da sabedoria popular tradicional das comunidades da RDS Tupé sobre plantas de uso medicinal através da implantação de um Horto Medicinal comunitário, que funcionará como mantenedor e centro irradiador desses conhecimentos, através de um forte envolvimento e participação das escolas existentes nas comunidades da RDS. Pretende-se também dar alternativas de produção, principalmente ao pequeno agricultor, baseado nos recursos florestais não madeireiros com fins medicinais, aproveitando o crescente mercado de produtos à base desses vegetais. Promover o desenvolvimento rural sustentável, através do cultivo e manejo de plantas medicinais no sistema de agricultura familiar, respeitando o ambiente e os conhecimentos e tradições das populações locais, tendo como base os princípios da agroecologia. Realizar intervenções extencionistas, educacionais e de assistência técnica no que tange à produção agrícola e extrativismo das espécies vegetais de uso medicinal. Desenvolver técnicas ecologicamente corretas e viáveis para o processamento de ervas fitoterápicas da biodiversidade regional. Implementar sistemas participativos para a certificação e inspeção de produtos de origem vegetal. Promover a organização comunitária, nos moldes de gestão participativa.

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