Pesquisadores terão base ecosustentável na RDS Tupé

Unidade de apoio ao trabalho de campo está sendo construída pelo Projeto Biotupé em unidade de conservação com recursos do programa de apoio à infra-estrutura da Fapeam O Programa de Infra-Estrutura para o Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia no Amazonas, da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), tem como objetivo financiar a melhoria e a modernização da infra-estrutura de grupos de pesquisa consorciados e dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu (PPGSS) gratuitos com sede no Estado, que promovam a interação de Instituições de Pesquisa e Ensino Superior (IPES). Diante disso, a equipe da Fapeam constatou, nesta terça-feira (19), mais um resultado do programa, com a visita à construção de uma Base de Campo, no Projeto Biotupé, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé (RDS Tupé). O projeto é coordenado pela professora da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Veridiana Vizoni Scudeller. De acordo com Veridiana, o projeto visa à instalação de uma base de campo para desenvolvimento de pesquisa e de atividades fora de sala de aula, que envolvam acadêmicos da UEA e outras instituições tanto no nível de pós-graduação quanto de graduação, com a Iniciação Científica (IC). “Essa base irá complementar e melhorar sensivelmente a permanência desses pesquisadores e alunos no campo, uma vez que as despesas com consumo e transporte já estão contempladas em outros projetos aprovados e em desenvolvimento”, explicou. Veridiana ressalta que o principal desafio deste projeto é unir os trabalhos de pesquisa que estão sendo desenvolvidos na RDS Tupé com a comunidade acadêmica das diversas instituições que já estão envolvidas no projeto. Ambiente Trabalho pioneiro no Estado, a construção reúne um sistema de tratamento de esgoto, desenvolvido pela Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi), energia solar, teto sem forro, para melhorar a circulação do ar, e sistema de coletar a água de chuva por meio de calhas instaladas na base. O arquiteto Sergio Santos explica que a construção da Base está diretamente ligada ao meio ambiente, pois há toda uma preocupação em servir de modelo para a comunidade. “As madeiras utilizadas são legalmente de uso próprio para esse tipo de construção, não houve movimentações de terras nem aterramento, a Base foi que se adaptou ao meio”, afirmou. O projeto tem, ainda, parceria com o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o Centro Universitário Luterano de Manaus (Ulbra), a Secretaria de Desenvolvimento e Meio Ambiente de Manaus - AM (Sedema) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Projeto O Biotupé iniciou suas atividades, em dezembro de 2001, com o estudo do meio físico e da biodiversidade de grupos específicos da fauna e flora locais. Sua atuação ampliou-se, posteriormente, para estudos sócio-ambientais e a partir daí o contacto e estudo das comunidades se intensificou. É um grupo multidisciplinar e multiinstitucional de pesquisa de longo prazo. Seu objetivo geral é voltado para “o estudo do meio físico, da diversidade biológica e sociocultural da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé”. Texto e Foto: Nayr Claudia Agência Fapeam Publicado em : 21/08/2008